MASTINO NAPOLETANO
Grupo: Cães de Guarda e Utilidade
Função: Cão de Guarda e Defesa
País de origem: Itália
Aprovado por: Éric de Moraes Bastos – presidente
APARÊNCIA GERAL: grande, massudo e volumoso, cujo comprimento do tronco é maior do que a altura
na cernelha.
PROPORÇÕES IMPORTANTES: o comprimento do tronco é 10% maior do que a altura na cernelha. A
relação crânio-focinho é de 2 para 1.
COMPORTAMENTO / TEMPERAMENTO: firme e leal, não é agressivo, nem morde sem razão, guardião de
propriedade e de seus moradores, sempre vigilante, inteligente, nobre e majestoso.
CABEÇA: curta e maciça, com um crânio largo na altura dos arcos zigomáticos. Seu comprimento é mais
ou menos 3/10 da altura na cernelha. Pele abundante com rugas e dobras, das quais, a mais típica e
mais bem marcada vai desde o ângulo externo da pálpebra para baixo até o ângulo labial. O eixo
superior longitudinal do crânio e do focinho é paralelo.
REGIÃO CRANIANA: o crânio é largo, plano, particularmente entre as orelhas, e, vista de frente, a cabeça
é ligeiramente convexa em sua parte anterior. As arcadas zigomáticas são muito pronunciadas, mas
com músculos planos. As protuberâncias dos ossos frontais são bem desenvolvidas; o sulco frontal é
marcado; a crista occipital é apenas visível.
Stop: bem definido.
REGIÃO FACIAL
Trufa: situada no prolongamento do focinho, não deve ser proeminente acima da linha vertical dos
lábios; deve ser volumosa, com narinas grandes e bem abertas. Sua pigmentação varia de acordo com
a cor da pelagem: preta, nos cães pretos; cinza- amarronzado escuro em exemplares de outras cores e
castanha para os de pelagem marrom.
Focinho: bem largo e profundo; seu comprimento corresponde ao da face e deve ser igual a 1/3 do
comprimento da cabeça. As faces laterais são paralelas (entre si), de maneira que, vista de frente, a
forma do focinho é praticamente quadrada.
Lábios: carnudos, espessos e cheios; vistos de frente, formam um “V” invertido no seu ponto de
encontro. A linha inferior do focinho é formada pelo lábio superior; a parte mais baixa é o canto dos
lábios, com visíveis membranas mucosas situadas na vertical do ângulo externo do olho.
Maxilares: poderosos, com fortes ossos e arcos dentários que se unem perfeitamente.
A mandíbula deve ser bem desenvolvida na sua largura.
Dentes: brancos, bem desenvolvidos, regularmente alinhados e numericamente completos. Mordedura
em tesoura ou torquês.
Olhos: inseridos ligeiramente profundos e em uma linha frontal nivelada, bem separados um do outro;
mais para redondos. Comparada com a cor da pelagem, a cor da íris é mais escura. Os olhos nunca
poderão ser mais claros, nem em tons diluídos.
Orelhas: pequenas em relação ao tamanho do cão, de forma triangular, inseridas acima do arco
zigomático, são planas e rentes às bochechas. Quando elas são cortadas, têm a forma de um ângulo
quase equilátero.
PESCOÇO
Perfil: o perfil superior é ligeiramente convexo.
Comprimento: mais para curto, mede mais ou menos 2,8/10 da altura na cernelha.
Forma: de tronco cônico, bem musculoso. Na metade do comprimento, o perímetro é igual a mais ou
menos 8/10 da altura na cernelha.
Pele: a parte inferior do pescoço é feita de muita pele solta que forma uma dupla barbela, bem
separada, mas não exagerada. Começa no nível da mandíbula e não ultrapassa o meio do pescoço.
TRONCO: o comprimento do tronco excede em 10% a altura na cernelha.
Linha superior: reta; cernelha larga, longa e não muito proeminente.
Dorso: largo e de comprimento em torno de 1/3 da altura na cernelha. A região lombar deve unir-se
harmoniosamente ao dorso e os músculos são bem desenvolvidos em largura. A caixa torácica é ampla,
com costelas longas e bem arqueadas. A circunferência do tórax é de aproximadamente 1/4 a mais que
a altura na cernelha.
Garupa: larga, forte e bem musculosa. Com angulação em torno de 30°. Seu comprimento é igual a
3/10 da altura na cernelha. As ancas são proeminentes a ponto de alcançar a linha superior do lombo.
Peito: largo e amplo com músculos peitorais bem desenvolvidos. Sua largura está diretamente
relacionada com a do tórax e atinge os 40-45% da altura na cernelha. A ponta do esterno está situada
no nível da articulação escápulo-umeral.
CAUDA: larga e espessa em sua raiz; forte e afinando ligeiramente até a ponta. Em comprimento, ela
alcança a articulação do jarrete, mas normalmente é cortada deixando 2/3 de seu comprimento. Em
repouso, é portada pendente e curvada em forma de sabre; em ação, erguida horizontalmente ou
ligeiramente mais alta que a linha do dorso.
MEMBROS
ANTERIORES: em seu conjunto, os anteriores, do solo até a ponta do cotovelo, vistos de perfil e pela
frente, são verticais, com uma forte estrutura óssea em proporção ao tamanho do cão.
Ombros: seu comprimento é de aproximadamente 3/10 da altura na cernelha, com uma obliquidade de
50º a 60º com a horizontal. Os músculos são bem desenvolvidos, longos e bem definidos. O ângulo da
articulação escápulo-umeral é de 105° a 115°.
Braços: de comprimento em torno de 30º da altura na cernelha. Sua obliquidade é de 55° a 60° com
significante musculatura.
Cotovelos: abundantemente cobertos por peles soltas; não tão próximos ao tronco.
Antebraços: seu comprimento é aproximadamente o mesmo que o do braço.
Colocados em uma perfeita posição vertical, sobre uma forte estrutura óssea, com músculos limpos e
bem desenvolvidos.
Articulação do metacarpo: largo, seco e sem nódulos, continuando a linha vertical do antebraço.
Metacarpos: planos, continuando a linha vertical do antebraço. Sua inclinação, na horizontal para a
frente, é de mais ou menos 70º a 75º. Seu comprimento é igual a 1/6 do comprimento da perna do
solo até o cotovelo.
Patas: redondas, largas, dedos bem arqueados e bem unidos. As almofadas são magras, duras e bem
pigmentadas. As unhas são fortes, curvadas e de cor escura.
POSTERIORES: em seu conjunto, devem ser poderosos e fortes, em proporção ao tamanho do cão,
capazes de assegurar a propulsão desejada em movimento.
Coxas: em comprimento, medindo 1/3 da altura na cernelha e sua obliquidade na horizontal é de
aproximadamente 60º. São largas, com músculos grossos, proeminentes e claramente definidos. Os
ossos do fêmur e da coxa formam um ângulo de 90º.
Pernas: de comprimento ligeiramente inferior ao da coxa e de uma obliquidade de 50º a 55º, com uma
forte estrutura óssea e uma musculatura bem visível.
Joelhos: angulação fêmoro-tibial em torno de 110º a 115º.
Articulação do jarrete: muito longa em relação ao comprimento da perna. Seu comprimento é
aproximadamente 2,5/10 da altura na cernelha. A articulação tíbio- tarsiana forma um ângulo de 140º a
145º .
Jarretes: fortes e magros; de forma quase cilíndrica, perfeitamente retos e paralelos; seu comprimento
é aproximadamente 1/4 da altura na cernelha; eventuais ergôs devem ser removidos.
Patas: menores que as anteriores, redondas, com dedos bem unidos. Almofadas secas, duras e
pigmentadas. Unhas fortes, curvadas e de cor escura.
MOVIMENTAÇÃO: constitui uma característica típica da raça. A passo, a movimentação é do tipo felina,
com passadas de leão, lenta e assemelha-se à do urso. O trote é caracterizado por uma forte propulsão
dos posteriores e um bom alcance dos anteriores. O cão raramente galopa, normalmente trota. O passo
de camelo é tolerado.
PELE: grossa, abundante e solta sobre todo o corpo, particularmente na cabeça, onde formam
numerosas pregas e rugas, e na parte inferior do pescoço, onde forma uma dupla barbela.
PELAGEM
Pelo: curto, áspero, duro e denso, do mesmo comprimento sobre o corpo todo, uniformemente liso,
fino e medindo, no máximo, 1,5 cm. Não deve mostrar nenhum traço de franjas.
COR: as cores preferidas são: cinza, cinza chumbo e preto, mas também mogno, fulvo e fulvo
avermelhado (corça vermelho), com algumas pequenas manchas brancas no peito e na ponta dos
dedos. Todas essas cores podem ser tigradas; castanho, cinza pombo e tons de isabela são tolerados.
TAMANHO / PESO
Altura na cernelha: machos: 65 – 75 cm.
fêmeas: 60 – 68 cm.
Uma tolerância de 2 cm para mais ou para menos é permitida.
Peso:
machos: 60 – 70 kg.
fêmeas: 50 – 60 kg
FALTAS: qualquer desvio dos termos deste padrão deve ser considerado como falta e penalizado na
exata proporção de sua gravidade.
FALTAS GRAVES
• prognatismo inferior pronunciado.
• cauda alegre.
• tamanho acima ou abaixo dos limites permitidos.
FALTAS DESQUALIFICANTES
• prognatismo superior.
• acentuada convergência ou divergência dos eixos crânio-faciais.
• linha superior do focinho côncava, convexa ou aquilina (nariz romano).
• total despigmentação da trufa.
• olhos azuis.
• total despigmentação das pálpebras.
• vesgo.
• ausência de rugas, dobras ou barbelas.
• ausência de cauda, seja congênita ou artificial.
• extensas manchas brancas.
• manchas brancas na cabeça.
• todo cão que apresentar qualquer sinal de anomalia física ou de comportamento deve ser
desqualificado.
NOTA:
• os machos devem apresentar os dois testículos, de aparência normal, bem descidos e acomodados na
bolsa escrotal.