MALAMUTE DO ALASKA

Grupo: Cães de Guarda e Utilidade

Função: Cão de Trenó

País de origem: Estados Unidos da América

Aprovado por: Éric de Moraes Bastos – presidente

APARÊNCIA GERAL: o Malamute do Alaska é uma das raças mais antigas de cães de trenó. É um cão

poderoso, de construção sólida, com peito profundo, um corpo forte e bem musculoso. O Malamute faz

seu stay correto, e com essa postura sugere muita atividade e porte orgulhoso; com a cabeça bem

erguida e olhos atentos demonstra interesse e curiosidade. A cabeça é larga. As orelhas são

triangulares e eretas quando em atenção. O focinho é massudo, diminuindo ligeiramente em largura da

raiz até a trufa. Não é pontudo ou longo e nem curto e grosso. A pelagem é espessa, os pelos

externos são ásperos e de comprimento suficiente para proteger o subpelo que é lanoso. Os Malamutes

são de várias cores. A marcação da cabeça é uma característica distinta. Consiste em uma espécie de

touca sobre a cabeça. As faces podem ser todas brancas ou marcadas por uma faixa e/ou uma

máscara. A cauda é bem franjada, portada sobre o dorso e tem a aparência de uma pluma ondulante.

O Malamute deve ser um cão de ossatura pesada, com membros perfeitos, boas patas, peito profundo

e ombros poderosos, além de apresentar todos os outros atributos físicos necessários para uma

eficiente performance no cumprimento de sua tarefa. A movimentação deve ser firme, balanceada,

incansável e totalmente eficiente. Ele não foi criado para competir em corridas de trenó, em provas de

velocidade. O Malamute é estruturado para a força e resistência e nenhuma característica individual,

incluindo temperamento, deve interferir na realização desse propósito, caso isso ocorra, deve ser

considerado como o mais grave dos defeitos.

PROPORÇÕES IMPORTANTES: a profundidade do peito é aproximadamente a metade da altura do cão

na cernelha. O ponto mais profundo do peito fica exatamente na altura do cotovelo. O comprimento do

corpo, da ponta do ombro ao ísquio, é maior do que a altura do corpo, da cernelha ao solo.

TEMPERAMENTO: afetuoso, amigável, não é um cão de “um só dono”. É um companheiro leal, dedicado,

brincalhão, mas geralmente impressiona pela sua dignidade após a maturidade.

Cabeça: larga e profunda, não é grosseira, nem desajeitada, mas em proporção ao tamanho do cão.

Sua expressão é meiga e indica uma disposição afetuosa.

REGIÃO CRANIANA

Crânio: largo e moderadamente arredondado entre as orelhas, estreitando-se gradualmente em direção

aos olhos, arredondando-se para as faces. Há um pequeno sulco entre os olhos. As linhas superiores, a

do crânio e a do focinho mostram uma ligeira interrupção descendente no seu ponto de junção.

Stop: leve.

REGIÃO FACIAL

Trufa: de todas as cores da pelagem, exceto o vermelho; a trufa, os lábios e a pigmentação da borda

dos olhos são pretos. Marrom é permitido nos cães vermelhos. Listras claras (trufa de neve) são

aceitáveis.

Focinho: grande e com boa massa, em proporção ao crânio, diminuindo ligeiramente na largura e na

profundidade, desde a junção com o crânio até a trufa.

Lábios: ajustados.

Maxilares / Dentes: maxilares largos com dentes grandes. Os incisivos articulam-se em tesoura.

Prognatismo superior ou inferior constitui uma falta.

Bochechas: moderadamente planas.

Olhos: obliquamente inseridos no crânio. São castanhos, de forma amendoada e de tamanho médio.

Olhos azuis é falta desqualificante.

Orelhas: de tamanho médio, pequenas em proporção à cabeça. O formato das orelhas é triangular, com

as pontas sutilmente arredondadas. Inseridas bem separadas nos bordos posteriores externos do

crânio, com a metade inferior inserindo-se no mesmo.

São alinhadas com o canto superior dos olhos, dando a impressão de que suas pontas, quando eretas,

emergem do crânio e voltam-se ligeiramente para a frente. Mas, quando o cão está trabalhando, às

vezes, as orelhas ficam dobradas contra o crânio. Orelhas de inserção alta é uma falta.

PESCOÇO: forte e moderadamente arqueado.

TRONCO: de construção compacta, mas nada curto. O corpo não possui nenhum excesso de peso e a

estrutura óssea deve ser proporcional ao tamanho.

Dorso: reto e ligeiramente inclinado para o quadril.

Lombo: forte e bem musculoso. O lombo longo que poderia enfraquecer o dorso é uma falta.

Peito: bem desenvolvido.

CAUDA: moderadamente inserida; seguindo inicialmente a linha da coluna vertebral. Portada sobre o

dorso quando não está em movimento. Não é uma cauda quebrada, nem enrolada sobre o dorso,

também  não é guarnecida de pelos curtos como a da raposa. A cauda do Malamute é bem guarnecida

de pelos e tem a aparência de pluma ondulante.

MEMBROS

ANTERIORES: de ossatura  pesada e musculosa, indo diretamente para os metacarpos quando vistos de

frente.

Ombros: moderadamente oblíquos.

Metacarpos: curtos e fortes, ligeiramente inclinados quando vistos de perfil.

POSTERIORES: as pernas posteriores são largas. Vistas por trás, as pernas, estando o cão  parado ou

em movimento, devem estar em uma linha com as anteriores, nem muito próximas,  nem muito

afastadas. Ergôs nas pernas posteriores são indesejáveis e devem ser removidos logo depois que os

filhotes nascerem.

Coxas: pesadamente musculosas.

Joelhos: moderadamente angulados.

Jarretes: moderadamente angulados e bem descidos.

Patas: são do tipo “botas de neve”, cerradas, com almofadas bem espessas que dão uma aparência

firme e compacta. São largas, dedos bem juntos e arqueados. Entre os dedos cresce um pelo protetor.

As almofadas são grossas e duras; as unhas são curtas e fortes.

MOVIMENTAÇÃO: a movimentação do Malamute é firme, balanceada e poderosa. Ele é ágil para seu

tamanho e construção. Vistos de perfil, os posteriores têm uma forte propulsão que é transmitida

através de um lombo bem musculoso para os anteriores. Esses recebem o impulso dos posteriores com

um passo regular. Quando vistas de frente ou por trás, as pernas se movimentam em linha, nem muito

próximas, nem muito afastadas. Em trote rápido, as patas devem convergir para a linha central do

corpo. Uma movimentação saltitante ou qualquer movimentação que não seja completamente eficiente

e incansável deve ser penalizada.

PELAGEM

Pelo: o Malamute tem uma pelagem de proteção espessa e rústica, nunca longa nem macia. O subpelo

é denso, comprimento de 2,5 a 5 cm, oleoso e lanoso. A rude pelagem de proteção varia em

comprimento assim como subpelo. A pelagem é relativamente curta para média,  nas laterais do corpo,

com o comprimento da pelagem aumentando ao redor dos ombros e do pescoço,  debaixo do dorso e

sobre a garupa, nos culotes e na cauda. Os Malamutes normalmente têm uma pelagem mais

curta e menos densa durante os meses do verão. O Malamute é mostrado naturalmente.

Trimming não é aceito a não ser para dar uma aparência limpa às patas.

COR: as cores normalmente variam de cinza claro passando pelas tonalidades intermediárias do preto,

areia e tonalidades de areia ao vermelho. Combinações de cores são aceitáveis no subpelo e  pontas. A

única cor sólida permitida é todo branco.

Branco é sempre a cor predominante na parte inferior do corpo, parte das pernas, patas e parte das

marcações da face. Uma mancha branca na testa e/ou um colar, ou uma mancha na nuca é atrativo e

aceitável. O Malamute é mantado. Cores irregulares ou salpicos que se estendam sobre o corpo são

indesejáveis.

TAMANHO: existe uma gama natural de tamanhos na raça. As medidas ideais para cães de tração são:

Machos: 63,5 cm, na cernelha – 38,5 quilos.

Fêmeas: 58,5 cm, na cernelha – 34  quilos.

Entretanto, as considerações sobre o tamanho não devem ser mais importantes que às sobre o tipo,

proporção e atributos funcionais, como ombros, peito, patas e movimentação. Se durante o julgamento

alguns cães estão equivalentes no tipo, proporções e atributos funcionais, será selecionado aquele que

mais se aproximar do tamanho ideal para cães de tração.

RESUMO IMPORTANTE

Ao se julgar o Malamute do Alaska, deve-se dar maior importância às suas funções como cão de trenó

para cargas pesadas no Ártico. O grau, pelo qual o cão é penalizado, deveria depender de até que

ponto o exemplar diverge da descrição do Malamute ideal e até que ponto um defeito em particular

afetaria, de fato, a capacidade de trabalho do cão. Os membros do Malamute devem mostrar uma força

incomum e um tremendo poder de propulsão. Qualquer indicação de imperfeição das pernas e patas,

frente ou parte traseira, o cão parado ou em movimento, deve ser considerada uma falta muito séria.

Nessas condições prévias, seriam: patas chatas, jarretes de vaca, metacarpos defeituosos, ombros

retos, falta de angulação, movimento rígido (e qualquer movimento que não esteja forte, balanceado e

uniforme), falta de substância, falta de profundidadedo peito, construção grosseira ou ossatura e

proporções em geral muito leves.

FALTAS: qualquer desvio dos termos deste padrão deve ser considerado como falta e penalizado na

exata proporção de sua gravidade.

FALTA ELIMINATÓRIA: olhos azuis.

NOTAS:

• os machos devem apresentar os dois testículos, de aparência normal, bem descidos e acomodados na

bolsa escrotal.

• todo cão que apresentar qualquer sinal de anomalia física ou de comportamento deve ser

desqualificado.