Boxer
Grupo: Cães de Guarda e Utilidade
Função: Cão de Guarda e Companhia
País de origem: Alemanha
Aprovado por: Éric de Moraes Bastos – presidente
APARÊNCIA GERAL: o Bóxer é um cão de tamanho médio, pelo liso, compacto, robusto, de construção
quadrada e ossos fortes. A musculatura é seca, fortemente desenvolvida e nitidamente definida. Sua
movimentação é enérgica, poderosa e nobre.
O Bóxer não deve ser nem grosseiro, nem pesado, nem muito leve, nem sem substância.
PROPORÇÕES IMPORTANTES:
a) comprimento do tronco / altura na cernelha: a construção é quadrada, isto é, a horizontal da cernelha
e as duas verticais, uma tangenciando a ponta do ombro e a outra a ponta do ísquio, formam um
quadrado.
b) profundidade do peito / altura na cernelha: o peito alcança os cotovelos. A profundidade do peito é a
metade da altura na cernelha.
c) comprimento da cana nasal / comprimento da cabeça: o comprimento da cana nasal em relação ao
crânio é de 1:2 (medido respectivamente da ponta da trufa até o canto do olho ou, respectivamente, do
canto do olho ao occipital).
COMPORTAMENTO / TEMPERAMENTO: o Bóxer deve ter nervos firmes, ser seguro, tranquilo e
equilibrado. Seu temperamento é da maior importância e requer maior atenção. Sua ligação e fidelidade
para com seu dono e sua família, sua vigilância e sua intrépida coragem são conhecidas há muito
tempo. Ele é dócil no meio familiar, mas desconfiado com estranhos. Alegre e afetuoso na brincadeira,
contudo destemido quando a situação é seria. Fácil de ser treinado graças a sua docilidade, segurança,
coragem, mordacidade natural e aptidões olfativas. Pouco exigente e limpo, é tão agradável e
apreciado em seu círculo familiar tanto como cão de guarda quanto de companhia. Seu caráter é franco,
sem falsidade ou hipocrisia, isso até em idade avançada.
CABEÇA: é a parte do Bóxer que lhe confere o aspecto característico. Deve ser bem proporcionada ao
corpo, sem parecer leve ou pesada. O focinho deve ser o mais largo e poderoso possível. A beleza da
cabeça depende da relação proporcional entre as medidas do focinho e do crânio. Qualquer que seja o
ângulo que se olhe a cabeça, de frente, de cima ou de perfil, o focinho deve sempre ser proporcional ao
crânio, quer dizer, jamais parecer muito pequeno. A cabeça deve ser seca, sem rugas. Entretanto, rugas
naturais são formadas na região craniana quando o cão está muito atento. Com origem na face dorsal
da raiz do focinho, rugas naturais descem simetricamente pelas faces laterais. A máscara escura se
limita ao focinho e deve ser nitidamente separada da cor da cabeça, a fim de a expressão não parecer
sombria.
REGIÃO CRANIANA
Crânio: a região craniana deve ser tão estreita e angulada quanto possível. É ligeiramente arqueado,
sem ser muito redondo e curto, nem plano; nem muito largo.
O occipital não é muito pronunciado. O sulco frontal é ligeiramente marcado, não deve ser muito
profundo, especialmente entre os olhos.
Stop: a testa forma um nítido stop com a cana nasal. A cana nasal não deve ser encurtada na testa
como no Bulldog, nem caída para frente.
REGIÃO FACIAL
Trufa: larga e preta, levemente arrebitada, com narinas largas. A ponta da trufa fica ligeiramente mais
alta em relação a sua raiz.
Focinho: é poderosamente desenvolvido nas 3 dimensões de volume, nem pontudo nem estreito, nem
curto ou plano. Sua forma é determinada por:
a) a forma da mandíbula;
b) a posição dos caninos;
c) a forma dos lábios.
Os caninos devem ser implantados os mais separados possíveis e de bom tamanho.
O plano anterior do focinho é, portanto, largo, quase quadrado, formando um ângulo obtuso com a
linha superior do focinho. O contorno do lábio superior pousa no contorno do lábio inferior. O lábio
inferior, no terço anterior da mandíbula curvada para cima, não pode ultrapassar muito a frente, nem
tampouco ocultar-se sob o lábio superior. O queixo projeta-se à frente do lábio superior de maneira
bem nítida, tanto de frente, quanto de perfil, sem por isso assemelhar-se ao do Bulldog. Os caninos,
os incisivos e a língua não devem ser visíveis enquanto a boca estiver fechada. A fenda do lábio
superior é bem visível. Lábios: completam a forma do focinho. O lábio superior é espesso, cheio e
enche o espaço deixado pelo maxilar inferior mais longo além de ficar apoiado nos caninos inferiores.
Maxilares / Dentes: o maxilar inferior ultrapassa o maxilar superior curvando-se ligeiramente para cima.
O Bóxer é prognata. O maxilar superior é largo na sua junção com o crânio e diminui muito pouco para
frente. Os dentes são fortes e saudáveis.
Os incisivos são preferivelmente alinhados. Os caninos são bem separados e de bom tamanho.
Bochechas: são desenvolvidas em relação aos fortes maxilares, sem que com isso sejam
demasiadamente pronunciadas. Fundem-se ao focinho em uma leve curva.
Olhos: os olhos escuros não são nem muito pequenos, nem proeminentes, nem profundos. A
expressão denota inteligência e energia, não deve ser nem ameaçadora, nem penetrante. As pálpebras
devem ser de cor escura.
Orelhas: as orelhas naturais (não cortadas) são de tamanho apropriado. Inseridas de lado na parte
mais alta do crânio. Em repouso, são portadas pendentes rentes às faces e voltam-se para frente,
fazendo uma dobra bem marcada, especialmente quando o cão está em atenção.
PESCOÇO: a linha superior se estende em uma elegante curva desde uma nuca bem marcada até a
cernelha. Deve ser de bom comprimento, redondo, forte e musculoso.
TRONCO: quadrado, membros retos.
Cernelha: deve ser marcada.
Dorso: incluindo o lombo, deve ser curto, firme, reto, largo e musculoso.
Garupa: ligeiramente inclinada, larga e ligeiramente arqueada. A bacia (ou osso pélvico) deve ser longa
e larga, especialmente nas fêmeas.
Peito: profundo, alcançando os cotovelos. A profundidade do peito é a metade da altura na cernelha.
Antepeito bem desenvolvido. Costelas bem arqueadas mas não em forma de barril, bem estendidas
para a traseira.
Linha inferior: descreve uma curva elegante para a traseira. Flancos curtos e firmes, ligeiramente
levantados.
CAUDA: de inserção mais para alta que para baixa. A cauda é de comprimento normal e permanece
natural.
MEMBROS
ANTERIORES: vistos de frente, devem ser retos e paralelos com uma forte ossatura.
Ombros: longos e inclinados, firmemente ligados ao tórax. Não devem ser tão carregados.
Braços: longos e fazendo um ângulo reto com a escápula.
Cotovelos: não demasiadamente juntos ao tórax, nem soltos.
Antebraços: verticais, longos, secos e musculosos.
Carpos: fortes, bem definidos, mas não exagerados.
Metacarpos: curtos, quase perpendiculares ao solo.
Patas: pequenas, redondas, compactas, com almofadas plantares bem acolchoadas e duras.
POSTERIORES: muito musculosos; com músculos rígidos e visíveis sob a pele. Vistos por trás: retos.
Coxas: longas e largas. Articulação coxofemoral e dos joelhos a menos obtusa possível.
Joelhos: quando em stay, devem ter um alcance suficiente à frente para que possibilitem traçar uma
linha vertical, da ponta do ílio até o solo.
Pernas: muito musculosas.
Jarretes: fortes e bem definidos, mas não exagerados. Ângulo de aproximadamente 140°.
Metatarsos: curtos com ligeira inclinação, 95° a 100° ao solo.
Patas: levemente mais longas que as anteriores, compactas; com almofadas plantares bem
acolchoadas e duras.
MOVIMENTAÇÃO: viva e com muita força e nobreza.
PELE: seca, elástica, sem rugas.
PELAGEM
Pelo: curto, duro, brilhante e bem assentado.
COR: fulvo (dourado) ou tigrado. Fulvo se apresenta em diversas tonalidades, indo do amarelo claro ao
vermelho escuro; as tonalidades médias (vermelho amarelado) são as mais bonitas. A máscara é preta.
A variedade tigrada tem no sentido das costas listras escuras ou pretas. O contraste entre as listras e a
cor base deve ser nítido. As marcas brancas não devem ser descartadas; elas podem ser bastante
agradáveis.
TAMANHO / PESO
Altura na cernelha: machos: 57 a 63 cm.
fêmeas: 53 a 59 cm.
Peso:
machos: acima de 30 kg (com +/- 60 cm na cernelha).
fêmeas: +/- 25 kg ( com +/- 56 cm na cernelha).
FALTAS: qualquer desvio dos termos deste padrão deve ser considerado como falta e penalizado na
exata proporção de sua gravidade.
– comportamento / temperamento: falta de temperamento.
– cabeça: falta de nobreza e expressão típica; fisionomia sombria; cabeça de Pinscher ou de Bulldog.
– exemplar que baba; dentes e língua à mostra; focinho muito pontudo ou muito leve. Cana nasal
descendente; trufa marrom ou clara em certos pontos;
– olhos de rapina; terceira pálpebra despigmentada.
– em orelhas inteiras: flutuantes, semi-eretas ou eretas, orelhas em rosa.
– Torção ou desvio da mandíbula; implantação dentária defeituosa; dentes fracos ou defeituosos por
doença.
– pescoço: curto, grosso, com barbela.
– corpo: antepeito muito largo; peito profundo demais. Garupa caída; dorso carpeado ou selado, magro,
longo, estreito, nitidamente selado, não muito firme na conexão com a garupa; lombo carpeado; bacia
estreita; ventre caído; flancos côncavos.
– cauda: inserção baixa, cauda quebrada.
– anteriores: frente francesa; ombros soltos; cotovelos soltos; metacarpos fracos; pés de lebre,
achatados ou abertos.
– posteriores: musculatura fraca; angulação de posterior pouco ou demais angulada;
– pernas estreitas em forma de sabre; jarrete de vaca ou em barril, jarretes fechados, ergôs; pés de
lebre, achatados ou abertos.
– movimentação: bamboleante; pouca cobertura de solo; passo de camelo; rígida.
– cor: máscara excedendo além do focinho. Listras tigradas muito juntas ou pouco marcadas; cor básica
suja. Interferência de cores; marcas brancas indesejáveis, tais como a cabeça inteiramente branca ou
em um lado da cabeça. Outras cores ou marcas brancas excedendo em um terço a cor de base.
FALTAS ELIMINATÓRIAS:
– agressividade ou timidez excessiva.
– cauda naturalmente nascida curta.
– todo cão que apresentar qualquer sinal de anomalia física ou de comportamento deve ser
desqualificado.
NOTA:
– os machos devem apresentar os dois testículos, de aparência normal, bem desenvolvidos e
acomodados na bolsa escrotal.